segunda-feira, 15 de março de 2010

Breve dossiê sobre a educação

Parte 1


A comunidade escolar de todo país esta preste a total decadência, os responsáveis pelo desenvovimento da educação não respeitam as próprias instituições, desrespeitando-as ou desconhecendo-as. As classes de aulas se tranformaram em laboratórios de novos projetos de educação da esfera mundial, que por muitas vezes não estão abtuados pelo descaso. O descaso é claro, indivíduos entre 11 à 18 anos frequente da rede pública não sabem ler e escrever, são meros “copistas” e a responsabildade é de toda comunidade escolar como: responsáveis legais que consideram a aquisição de produtos mais impotante que a educação de seus próprios filhos, alegando total responsabildade da escoal sobre a educação, a escola com corpo docente e gestor que estão mais preocupados com seu salários, e desconsideram o precário rendimento de ensino de nossos alunos que é de sua responsabildade, e por fim nosso governo que não investe, ou não supervisionam de forma adequada os procedimentos que por muitas vezes os mesmos alteram para garantir maiores comodidades financeiras.


Qual o objetivo de estudar em nosso país, se nem mesmo os documentos de conclusões são reconhecidos, as universidades particulares aceitam qualquer aluno desde que esteja pagando, os mesmos alunos que passaram por meio da progressão continuada conseguem se matricular sem dificuldades, ou pior se formam sem ter o minímo conhecimento necessário para exercer as suas funções.


Fim da primeira parte.

Historiador/Educador Fagner Guardiano Cardoso

sábado, 13 de março de 2010

A alegria do Brasil fica mais fraca

Na madrugada de sexta dia 12 de março de 2010 são mortos o cartunista Glauco Villas Boas, 52, e seu filho Raoni, 25, em uma tentativa de assalto ou seqüestro (nada concreto sobre a finalidade do crime ainda - o que não faz diferença) por um conhecido da família de Glauco, que era auxiliado pela Igreja Céu de Maria, da doutrina do Santo Daime, a qual o cartunista era fundador e ministro.

Glauco ficou conhecido pelo seu jeito único de desenhar, quase um cubismo pós moderno, e por suas críticas ao cenário social atual (como violência e política) com toques de humor bem acentuado.

Suas tirinhas que marcaram História nos jornais foram Geraldão(um homem de meia idade que ainda vive as custas da mãe), Geraldinho(uma versão do Geraldão para crianças), Dona Marta (uma mulher que faz de tudo para desencalhar), entre outros, além de "Los tres amigos", que fora a união com Laerte e Angeli.

Está na hora desse país acordar...


Glauco Villas Boas (1957-2010)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sobre carrascos


            Capuzes, machados, ternos e gravatas, as armas que durante o decorrer da história intimidaram e até mesmo ludibriaram com falsas promessas e inacessíveis oportunidades as classes mais humildes da humanidade, fazendo-as cair por diversas vezes em devaneios. O medo e a ilusão das fardas que compõe nosso cotidiano, nada mais servem de uma ferramenta segregatória que, de uma forma não natural, põe as classes de nossa sociedade umas contra as outras, agindo com represália, uma vez que os tais devaneios são quebrados.
            As tais represálias podem ser divididas em violentas e não-violentas, sendo a segunda a pior de todas, já que uma represália violenta possa levar a sensibilização ou até mesmo uma possível revolta através da mesma moeda de uma determinada classe, pois é uma represália moral que parte do íntimo das pessoas, atingindo o senso vital da criatura humana, esse senso é o próprio orgulho, a essência da identidade autônoma. Como ela ocorre? Simples! A propaganda é o LSD da nossa geração informatizada – aliás, a propaganda já era utilizada como alucinógeno nos ventos de Goebells -, e funciona da seguinte forma: manipulando a imagem do sucesso, ou seja, lhe propondo a posição de patrão (ler “Uma vista da alma burguesa”), seja com um terno ou um jaleco, mas jamais propôs o companheirismo e união. E por que não propor? Pelo simples fato de manter a divisão de mão-de-obra submissa e mandante alienado, sendo assim, impedindo qualquer manifestação pró-proletário, já que a ascensão à burguesia parece o verdadeiro e lógico bem. A verdade capitalista pode significar o avanço prático a uma parcela mínima da humanidade, porém, tornar-se-á um câncer para o restante, basta notar a realidade de países de terceiro no mundo na África, na Ásia, na Europa Oriental, na América Latina e no próprio Brasil.
            No exemplo africano podemos citar a própria carnificina financiada pelos diamantes, ou seja, enquanto Marilyn Monroe cantava que os diamantes são os melhores amigos de uma mulher, centenas de pessoas morrem para que a alta burguesia possa gozar de seu luxo, ludibriando mais uma vez as classes humildes, que ali acabam enxergando o sucesso e dessa forma caindo em devaneio. Mas esses conflitos violentos não deveriam sensibilizar pelo menos uma classe? De fato deveria, mas entendamos a ótica da situação, esses diamantes na África já transformaram as mentalidades de cada classe em cada território do continente, deixando assim, uma bater de frente com a outra, portanto a briga se tornou individual em partes aos interesses, seja ele por libertação, por cultura ou mesmo por capital. Mas ainda nessa ótica surge outra pergunta: não deveria países em estabilidade política como Estados Unidos, Reino Unido, França e entre outros de primeiro mundo voltarem sua atenção a essas questões? Ao menos as classes mais humildes dessas nações? Do ponto de vista humano sim, mas quem disse que a moral capitalista usufrui de humanismo? Primeiro, em parte aos governantes e da alta burguesia jamais será interessante o auxilio as camadas mais baixas da sociedade, pelo motivo básico que esta se sustenta através da exploração desta, agora, em relação ao povo desses países de primeiro mundo cabe a velha história contada por seus pais, aquela: “você não sabe a sorte que tem, há pessoas que nem o que vestir lhe provem” ou a melhor de todas por ser a mais sádica dentre elas, “come porque tem um monte de gente passando fome lá fora” – como se uma pessoa comer demais resolvesse todo o problema. Resumindo a idéia deste parágrafo, homens e mulheres de primeira classe necessitam da miséria de outros para se manterem nos píncaros da riqueza, as classes com possíveis chances de ascensão – mal entendem que fazem parte de uma relativa miséria social -, simplesmente se contentam com o fato da desgraça da pobreza não os afetarem. Ah! Essa mesma verdade vale para o Brasil e outros países classificados como emergentes, talvez até funcione muito mais fácil aqui, já que alta burguesia e miséria quase que se misturam no mesmo ambiente.
            Sobre carrascos entendamos até mesmo aqueles que possuem uma alma burguesa, ou até mesmo, como diria Bertold Brecht (1898-1956), o analfabeto político, ou seja, aquele que “...não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos..., não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”. Resumindo, carrascos são aqueles que omitem as necessidades do homem para o homem e também aqueles que fazem desta máquina genocida possível em pró de seu beneficio.

Uma vista da alma burguesa

A idéia de burguesia surgiu na Idade Média, ainda na era do feudalismo, com a criação dos burgos, que nada mais eram do que um castelo, ou o que seja, de um senhor feudal cercado com um centro urbano onde se faziam todos os tipos de negócio, e foi um dos sinais da decadência do então sistema senhoril da época e a abertura para o surgimento do comercialismo, que nada mais é do que um dos veios que direcionou a formação do capitalismo.
Graças a essa nova classe, o mundo pode enfim sair de um breu que por eras predominou na face do planeta. A idéia de absolutismo, do direito divino e da eterna preguiça da nobreza veio cair por terra, quando a classe burguesa motivados pelo Renascimento ou pelo Iluminismo levantou em armas aos antigos regimes, implantando republicas ou monarquias constitucionais, ou seja, o pensamento retrógrado de imobilidade social aos poucos foi sumindo da mente das pessoas.
De fato, as revoluções burguesas dos séculos XVII e XVIII, permitiram a mobilidade social, pelo menos, em teoria, na prática, nem tanto. Como assim nem tanto? A lógica da antiga nobreza funcionava da seguinte forma: “eu sou rico porque Deus quer que eu seja rico, e você é pobre porque Deus quer que você me ostente”, ou seja, o pobre deveria permanecer pobre e o nobre permanecer nobre. Já a lógica burguesa pensa de outra forma: “eu sou rico, você também pode ser, mas eu não quero”. Vamos seguir o pensamento agora, a atual burguesia não eram os antigos senhores feudais que por acaso manteram centros comerciais em seus feudos? Portanto, a relação servil apenas mudou as caras.
A burguesia permanece detentora de posses, e essas posses incluem a própria mão-de-obra assalariada, em outras palavras, trabalhadores não passam de mero material e uma vez que estes ao não possuir bens de auto-sustento, se submetem condições de subsistência, e, ao menor sinal de insatisfação, da mesma forma que um parafuso, é trocado por outro que se contente a submissão patronal. E por que não se levantar como fora feito antes pela burguesia? Como fora mencionado no parágrafo anterior, pela permissão de mobilidade social. Um engano, nada mais do que um engano! A força trabalhadora pelas vistas da burguesia é apenas uma mercadoria, não um investimento, ela não deve crescer, semelhante ao pensamento da nobreza de séculos antes, as classes mais baixas devem permanecer baixas a fins do sustento da mais alta.
Infelizmente através do pensamento de mobilidade de classes faz com que a própria força trabalhadora se divida, daí vem o que chamo de alma burguesa. Nenhuma classe está imune a esse sentimento, digo, que nem todo burguês persiste em posturas arcaicas, encarando em seu proletário meras peças e, da mesma forma, no próprio proletário encaramos diversos exemplos de submissos e aspirantes a burguês. Esses aspirantes infelizmente corroem toda união proletária, uma vez que vêem no sistema de patronato a resposta de ascensão social. Bem aventurados sejam aqueles que acreditam nas propagandas, e que entorpecidos vivem de ilusão.
Mas por que teimam a ilusão? Por que ainda acreditam na propaganda? Pelo fato de não levarem mais em conta as teorias do economista escocês Adam Smith (1723-1790), onde ele diz que a riqueza não está necessariamente na produção, mas sim, na própria mão-de-obra – não que isso seja um indicio do socialismo, mas um reconhecimento da verdadeira essência do próprio capitalismo. Então, para muitos contemporâneos, a riqueza não se encontra mais no trabalho, mas em seus próprios resultados, ou seja, além do sucesso pregado pela propaganda capitalista (melhor explicado em “Sobre carrascos”), onde você pode ser o patrão, há também a propaganda material, que jogam devaneios tolos onde o símbolo de poder está numa televisão, em um celular e por aí vai, deixando o povo esquecer da educação, da saúde ou até mesmo da segurança que, para a burguesia, só representa benefícios quando está indo mal para as classes mais baixas, ou seja, de dois, um: ou se rendem a esse rede de proteção utilizando dos recursos básicos de vida que se encontram na mão da própria burguesia, ou aprendem a se contentar em poder comprar mais um luxo que os aproxime da burguesia. Esse último é mais um reflexo da alma burguesa que se impregna nas classes mais baixas. A incapacidade de ascender de classe pode ser facilmente sancionada pelo espelhamento da burguesia no próprio proletário.
A luta de classes pregada por Karl Marx (1818-1883) ganhou novas formas no século XXI devido as novas tecnologias, mas isso faz parte, como diria Eduardo Bernstein (1850-1932), dos “meios de adaptação” - que seria a formação de cartéis, desenvolvimento dos meios de comunicação (mais uma vez mostrando sua face) e até mesmo a melhoria da situação da classe operária (conforme se encaixa nos moldes burguês lógico) -, brutalmente questionado por Rosa Luxemburgo, que encara essas idéias de Bernstein de frente mostrando que, da mesma forma que esses elementos servem de antagonismo ao capitalismo, os mesmos evitam sua ruína, e assim “...resta apenas a consciência de classe do proletariado, como fator do socialismo” (Rosa Luxemburgo, Reforma ou Revolução, pg. 26).

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Estado de Sítio

Estado de sítio no Brasil